Publicado por: RPL
Data publicação: 24 de Abril, 2020
Categoria: Notícias
Existem ainda poucas evidências científicas sobre a relação entre a doença por SARS-CoV-2 (COVID-19) e a alimentação e, por isso, questões e dúvidas têm surgido todos os dias.
Nesse sentido a WHO (World Health Oraganization) e a FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) publicaram no dia 07 de Abril um Guia de Segurança Alimentar para os operadores económicos do setor alimentar (WHO reference number: WHO/2019-nCoV/Food_Safety/2020.1).
Segundo a WHO e a FAO é altamente improvável que as pessoas possam contrair a COVID-19 a partir dos alimentos ou embalagens de alimentos. A COVID-19 é uma doença respiratória e a principal via de transmissão é pelo contato pessoa a pessoa e pelo contato direto com gotículas respiratórias geradas quando uma pessoa infetada tosse ou espirra.
Até ao momento, não há evidências de vírus que causem doenças respiratórias transmitidas por alimentos ou embalagens de alimentos. Os coronavírus não se podem multiplicar nos alimentos, estes precisam de um hospedeiro animal ou humano para se multiplicar.
O conselho mais recente da WHO é que as evidências atuais indicam que o vírus COVID-19 é transmitido durante um contato próximo através de gotículas respiratórias (formadas ao tossir ou espirrar) e por fomites. O vírus pode contaminar diretamente de pessoa para pessoa através da tosse ou espirro, produzindo gotículas que atingem o nariz, boca ou olhos de outra pessoa. Como alternativa, como as gotículas respiratórias são muito pesadas para serem transportadas pelo ar, elas pousam em objetos e superfícies ao redor da pessoa infetada.
É possível que alguém seja infetado tocando numa superfície, objeto ou mão contaminada de uma pessoa infetada e depois tocar na sua própria boca, nariz ou olhos. Isto pode acontecer, por exemplo, ao tocar nas maçanetas das portas ou apertar as mãos e depois tocar no rosto.
Pesquisas recentes avaliaram a sobrevivência do vírus COVID-19 em diferentes superfícies e relataram que o vírus pode permanecer viável por até 72 horas em plástico e aço inoxidável, até quatro horas em cobre e até 24 horas em papelão. A pesquisa foi realizada em condições de laboratório (humidade e temperatura controladas) e deve ser interpretada com cautela no ambiente da vida real.
É imprescindível que a indústria alimentar reforce as medidas de higiene pessoal e promova ações de formação sobre os princípios de higiene alimentar para eliminar ou reduzir o risco de contaminação em superfícies e materiais de embalagem de alimentos. O equipamento de proteção individual (EPI), como máscaras e luvas, podem ser eficazes na redução da disseminação de vírus e doenças na indústria alimentar, mas somente se usado adequadamente.
Além disso, recomenda-se fortemente à indústria alimentar a introdução de distanciamento físico e medidas rigorosas de limpeza e higiene. Promover a lavagem e desinfeção das mãos frequente e eficazmente em cada fase do processamento, fabrico e comercialização dos alimentos.
Embora o material genético da COVID-19 (RNA) tenha sido isolado a partir de amostras de fezes de pacientes infetados, não há relatos ou evidências de transmissão fecal-oral. A lavagem das mãos após o uso do WC é sempre uma prática essencial, especialmente quando se trabalha com alimentos.
É importante falarmos de Segurança Alimentar quando não sabemos como será o futuro da restauração. Descubra mais no site da RPL.
8 de Novembro, 2024
30 de Novembro, 2022